Movimentos Sociais
Projeto Mãe Ilza Mukalê
O ETO com Mãe Ilza e Egnaldo faz parte do projeto Mãe Ilza Mukalê II: Música, Identidade e memória (MIM II) e pretende abordar questões relacionadas à história da militância negra dos movimentos sócio-culturais nas periferias de Ilhéus e Itabuna. O debate tem como objetivo valorizar as manifestações culturais e artísticas, especialmente nas comunidades.
O projeto Mãe Ilza Mukalê II é uma realização da ONG Gongombira e tem o apoio financeiro da Secretraria de Cultura do Estado da Bahia e o apoio institucional da UESC, UNIRIO, Teatro Popular De Ilhéus e Bloco Afrocultural Dilazenze.
Movimento negro e movimento quilombola
O movimento negro e o movimento quilombola são partes de um mesmo contexto de lutas pelo alcance do reconhecimento, redistribuição e representação política na esfera pública para os negros no Brasil. A entrada do movimento quilombola no espaço público nacional, umbilicalmente ligado ao movimento negro, mas, também, fomentador de uma pauta específica, pluraliza os temas e as demandas na esfera pública e cria a necessidade de um diálogo intercultural entre os dois movimentos.
Encontramos na figura de Zumbi dos Palmares o principal referencial simbólico para os dois movimentos sociais: movimento negro e movimento quilombola. A palavra quilombola passou a significar símbolo de resistência à escravidão, numa alusão crítica a ideia de escravidão benemerente e suave.
O movimento quilombola
A análise da entrada do direito quilombola na cena pública brasileira se relaciona ao estudo da pluralização da arena pública nacional. Isto porque a introdução dessa questão coloca novos temas e demandas no debate público nacional, permitindo que atores sociais até então invisibilizados em suas lutas possam trazer à tona suas especificidades, contribuindo para que o espaço público seja o lócus de expressão das vozes, estilos e diferenças culturais.A visibilização pública do direito quilombola criou uma trama representativa com a atuação de atores diferentes4
– ex: ONGs, Universidades, agentes públicos
ligados ao sistema judiciário além dos próprios quilombolas, que instituíram diferentes formas de relação com o Estado. O papel do movimento negro nesse processo é fundamental podendo ser nomeada como uma relação umbilical.
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